É CAMPEÃO… LÁ ESTAVA ROMERO

por Bruno Assis

O lateral-esquerdo Romero era muito eficiente na posição, tanto na marcação quanto no apoio ao ataque.

Começou sua carreira no Bonsucesso, conhecido como o Leão da Leopoldina. Fez um ótimo campeonato carioca pelo Bonsuça, terminando em quarto lugar, à frente do Vasco da Gama. Naquele ano, chegou a vencer o Flamengo no Maracanã por 2 a 0. O lateral Romero chamou atenção e passou atuar por alguns times do cenário brasileiro.

Foi para Pernambuco onde defendeu o Náutico em 1972. Infelizmente, o Romero chegou numa época em que o Santa Cruz reinava no estado, algo que só conseguiria desbancar em 1974.

Romero vai em 1973 defender as cores do Bahia onde ficou até 1977. Era os anos dourados do Esporte Clube Bahia. Em todos os anos que Romero jogou, o “Esquadrão de Aço” foi campeão estadual.

Naquele “Baêa” jogava o Baiaco, Sapatão, Alberto Leguelé, Beijoca, Douglas, Roberto Rebouças, dentre outras feras. O rival Vitória sofreu muito nesse período. O Tricolor chegou a ser heptacampeão baiano.

O lateral Romero, valorizado, foi para a Sociedade Esportiva Palmeiras no fim do Brasileiro de 1977. Jogou apenas dois jogos. Sua estreia foi contra seu ex-clube Bahia, onde o alviverde venceu por 1 a 0. O Romero entrou no decorrer do jogo no lugar do Vacaria. Depois, já em 1978, o técnico Jorge Vieira colocou Romero como titular. O time foi: Leão; Rosemiro, Marinho Peres, Beto Fuscão e Romero; Jair Gonçalves, Zé Mário e Jorge Mendonça; Edu, Toninho e Nei. Belo time!

Mas tomou uma incrível goleada do Remo por 3 a 0. Time paraense tinha o centroavante Bira – que fez dois gols – e o ponta-esquerda Júlio César Uri Geller. Time que era treinado pelo Joubert.

O lateral saiu do Palmeiras sem deixar saudades. Vai para o Atlético Mineiro, onde foi campeão estadual pelo clube. Logo sairia do Galo para voltar ao Bahia, onde seria novamente campeão baiano em 1979.

Era pé quente. Vai para o Sport Recife, figurar mais um timaço e ser bicampeão pernambucano. O time base campeão de 1980 era: País; Antenor, Jaime, Taborda e Romero; Givanildo, Mérica e Édson; Edu, Jorge Campos e Afrânio.

O Sport na final de 1980 bateu o Santa Cruz por 2 a 0. Com Edson de pênalti e Roberto Coração de Leão (que havia entrado) de cabeça selou a vitória.

Em 1981, o Sport venceu o Super Campeonato Pernambucano, batendo o Náutico por 2 a 0. O time era treinado pelo “titio” Orlando Fantoni. Foi nessa época que o poeta Ariano Suassuna disse: “Ser Sport é inexplicável!”

Enfim, foi lá na Ilha do Retiro que Romero encerrou sua carreira. Sofria de diabetes desde 1978. Daria para continuar jogando em alto nível se não fosse essa enfermidade.

Foi um verdadeiro “conquistador de títulos”.